A abelha, aproximava-se da flor,
no mesmo instante,
no alto da árvore,
pousava um lindo beija-flor.
A flor, de estonteante beleza,
preparou-se,
abriu-se
e a recebeu.
De repente, a abelha,desapareceu.
O beija-flor, ao observar,
ficou a pensar:
Pobre flor, ficará ansiosa a esperar!
A abelha,com certeza, jamais voltará.
Está claro, de saudade, a flor morrerá.
Que loucura,
Que beleza,
Está a lua a testemunhar!
Todas as noites, volta a abelha,
beija a flor,
que fica feliz em seus amores,
e sai a voar.
Autora: Nara Freitas.
Já nasci assim...algo gritava em mim. Meu mundo era as letras. O universo de ficção atraia-me de tal forma, que logo comecei a produzir histórias, poesias, poemas e crônicas. Assim a arte chegou, fez morada e nunca mais foi embora.
20 de dezembro de 2010
19 de dezembro de 2010
PELE PELÚCIA PENARA
Minha mãe sempre dizia que eu tinha cara de santa, religiosa que era em seus costumes. A prova disso está nos nossos nomes: Noélia Maria, Elusa Maria, Lúcia Maria e Nara Maria. O Paulo Ben-Hur ficou fora dessas escolhas, porém foi retirado o nome de batismo de histórias religiosas. Sempre tive um "ciumezinho" da minha irmã um pouco mais velha que eu, a Lúcia, achava-a a queridíssima da mamãe.
Costumávamos brincar à tardinha na rua, isso nos fazia perceber os diversos casacos que as amigas apareciam no inverno. Até que vem a prima Soninha, com um casaco lindo de pele, realmente,enchia os olhos. Ela costumava erguer a gola protegendo o pescoço e isso, a deixava bem charmosa e fofinha. Dava uma vontade de ter um igual!
Era fim de tarde, algo já estava deixando-me intrigada, minha irmã Lúcia não saía da porta; dizia-me estar esperando nossa mãe chegar do trabalho. E eu, como não queria perder nada, fiquei junto a ela, queria saber o que vinha pela frente. Ela, tinha uma vontade grande de ter um casaco bem assim, igual ao da Soninha, só que confundia pele com pelúcia. Quando avistou minha mãe descendo para casa ela saiu correndo pensando ter desviado minha atenção e disse:
-Mãe, me dá um casaco de pelúcia igual ao da Soninha?
E eu, muito afobada, correndo para não perder nada, falei:
-Se der um casaco de pelúcia, pra Lúcia, também quero um de penara.
Autora: Nara Freitas.
Costumávamos brincar à tardinha na rua, isso nos fazia perceber os diversos casacos que as amigas apareciam no inverno. Até que vem a prima Soninha, com um casaco lindo de pele, realmente,enchia os olhos. Ela costumava erguer a gola protegendo o pescoço e isso, a deixava bem charmosa e fofinha. Dava uma vontade de ter um igual!
Era fim de tarde, algo já estava deixando-me intrigada, minha irmã Lúcia não saía da porta; dizia-me estar esperando nossa mãe chegar do trabalho. E eu, como não queria perder nada, fiquei junto a ela, queria saber o que vinha pela frente. Ela, tinha uma vontade grande de ter um casaco bem assim, igual ao da Soninha, só que confundia pele com pelúcia. Quando avistou minha mãe descendo para casa ela saiu correndo pensando ter desviado minha atenção e disse:
-Mãe, me dá um casaco de pelúcia igual ao da Soninha?
E eu, muito afobada, correndo para não perder nada, falei:
-Se der um casaco de pelúcia, pra Lúcia, também quero um de penara.
Autora: Nara Freitas.
14 de dezembro de 2010
MEUS SAPATOS BRANCOS
Dias viravam semanas, semanas viravam meses e meses viravam anos até que ele aparecia: Papai Noel!
Eu estava sempre lá, sentada no sofá na vasta varanda da sala de meus pais. Vestido rosa com detalhes de fitas brancas, cabelos cacheados tão bem feitos pela minha avó e os sapatos brancos que os visualizava com os pés cruzados para frente e para atrás, afinal eram sempre novos para essa tão marcante data.Adorava ver os olhos de todos fixando-os, imaginava até que deles saiam rastros de uma brilhante luz, cheia de estrelinhas que piscavam.
Olhava para a árvore de Natal tão grande ao lado da lareira, nela havia várias cartinhas penduradas de pedidos e promessas de melhores comportamentos para o ano seguinte, normal para os meus 7 ou 8 anos, também,havia nela, várias caixas muito bem colocadas e, pelos pedidos feitos, logo imaginava qual seria a minha com o meu tão sonhado presente. Ficava a pensar...como pode Papai Noel ler todas as cartas das crianças? Deve ter um problema horrível nos olhos, por isso, muitos deles usam aquelas máscaras feias para esconder as olheiras.
Às vezes, curvava-me encostando meus lindos cachos no chão e espiava para dentro da lareira, meu pai sempre dizia que o bom velhinho vinha por ali.
Confesso que sentia um amor eterno por ele, mas que acabava logo que o via. Figura estranha e um tanto desengonçada. A barba mais parecia um escorregador de neve, deveria ser para as crianças apoiarem-se e ali, descobrirem seus sonhos. Ah! Se dependesse disso, nunca encontraria os meus.
Tinha um enorme desejo de estar perto, tão perto dele, como duas encantadas criaturas, porém afastava-me e ele estendendo sua mão branca feito algodão, chamava-me insistentemente. Nunca cheguei a abraçá-lo,nem tampouco tocá-lo, ficava uma distância entre nós no momento em que ele estava mais presente. Hoje, arrependo-me como todo o adulto arrepende-se de um carinho não demonstrado na hora e momento certo. Papai, meu papai, Noel, queria-o juntinho a mim, talvez para beijar seu rosto ou para sentir aqueles fios tão bem cuidados da barba que tornou-se rala nos meus dedos.
Agora, no vaivém da vida, olho meus pés descruzados, sapatos sem cores já meio estragados, não faço mais questão que percebam em mim. Meus sapatos estão sem brilho. Cresci, abandonei o Natal ou aquela esperança radiante se apagou dentro de mim? É, gente grande é mesmo assim.
Autora: Nara Freitas.
Dias viravam semanas, semanas viravam meses e meses viravam anos até que ele aparecia: Papai Noel!
Eu estava sempre lá, sentada no sofá na vasta varanda da sala de meus pais. Vestido rosa com detalhes de fitas brancas, cabelos cacheados tão bem feitos pela minha avó e os sapatos brancos que os visualizava com os pés cruzados para frente e para atrás, afinal eram sempre novos para essa tão marcante data.Adorava ver os olhos de todos fixando-os, imaginava até que deles saiam rastros de uma brilhante luz, cheia de estrelinhas que piscavam.
Olhava para a árvore de Natal tão grande ao lado da lareira, nela havia várias cartinhas penduradas de pedidos e promessas de melhores comportamentos para o ano seguinte, normal para os meus 7 ou 8 anos, também,havia nela, várias caixas muito bem colocadas e, pelos pedidos feitos, logo imaginava qual seria a minha com o meu tão sonhado presente. Ficava a pensar...como pode Papai Noel ler todas as cartas das crianças? Deve ter um problema horrível nos olhos, por isso, muitos deles usam aquelas máscaras feias para esconder as olheiras.
Às vezes, curvava-me encostando meus lindos cachos no chão e espiava para dentro da lareira, meu pai sempre dizia que o bom velhinho vinha por ali.
Confesso que sentia um amor eterno por ele, mas que acabava logo que o via. Figura estranha e um tanto desengonçada. A barba mais parecia um escorregador de neve, deveria ser para as crianças apoiarem-se e ali, descobrirem seus sonhos. Ah! Se dependesse disso, nunca encontraria os meus.
Tinha um enorme desejo de estar perto, tão perto dele, como duas encantadas criaturas, porém afastava-me e ele estendendo sua mão branca feito algodão, chamava-me insistentemente. Nunca cheguei a abraçá-lo,nem tampouco tocá-lo, ficava uma distância entre nós no momento em que ele estava mais presente. Hoje, arrependo-me como todo o adulto arrepende-se de um carinho não demonstrado na hora e momento certo. Papai, meu papai, Noel, queria-o juntinho a mim, talvez para beijar seu rosto ou para sentir aqueles fios tão bem cuidados da barba que tornou-se rala nos meus dedos.
Agora, no vaivém da vida, olho meus pés descruzados, sapatos sem cores já meio estragados, não faço mais questão que percebam em mim. Meus sapatos estão sem brilho. Cresci, abandonei o Natal ou aquela esperança radiante se apagou dentro de mim? É, gente grande é mesmo assim.
Autora: Nara Freitas.
12 de dezembro de 2010
HÁ QUALQUER COISA
Há qualquer coisa abençoada
que não deixa a luz apagada
no recanto do nosso amor.
Há qualquer coisa de aventura
onde não se mede a altura
e o peso do nosso amor.
Há qualquer coisa de especial
com ternura sem igual
no sonho do nosso amor.
Há qualquer coisa de nobre
que dá um prazer enorme
no corpo do nosso amor.
Há qualquer coisa de destino
que ama com desatino
o AMAR de um AMOR.
Autora: Nara Freitas.
que não deixa a luz apagada
no recanto do nosso amor.
Há qualquer coisa de aventura
onde não se mede a altura
e o peso do nosso amor.
Há qualquer coisa de especial
com ternura sem igual
no sonho do nosso amor.
Há qualquer coisa de nobre
que dá um prazer enorme
no corpo do nosso amor.
Há qualquer coisa de destino
que ama com desatino
o AMAR de um AMOR.
Autora: Nara Freitas.
DESPRENDIMENTO
Ouvi uma voz:
-Como se sente o pôr-do-sol?
A alegria me invadiu
busquei palavras pensei
lembrei da frase de um poeta:
" O pôr-do-sol é comparado com uma pipa que é recolhida do céu..."
Me libertei
emocionada, voei
fui de encontro aos seus raios avermelhados
alaranjados
me transformei.
Virei luz,
irradiei e
voltei
a resposta?
-Sai do lugar comum
inunde-te de amor e vai até lá
procurando, encontrarás.
Desprende-te de teu próprio corpo,
deixa a alegria entrar
e depois retorna,
que teu próprio sentimento
te responderá.
Autora: Nara Freitas.
-Como se sente o pôr-do-sol?
A alegria me invadiu
busquei palavras pensei
lembrei da frase de um poeta:
" O pôr-do-sol é comparado com uma pipa que é recolhida do céu..."
Me libertei
emocionada, voei
fui de encontro aos seus raios avermelhados
alaranjados
me transformei.
Virei luz,
irradiei e
voltei
a resposta?
-Sai do lugar comum
inunde-te de amor e vai até lá
procurando, encontrarás.
Desprende-te de teu próprio corpo,
deixa a alegria entrar
e depois retorna,
que teu próprio sentimento
te responderá.
Autora: Nara Freitas.
9 de dezembro de 2010
NÃO OS SEPARO MAIS.
MEU AMOR CRESCE COM MEUS POEMAS
ELES CRESCEM JUNTOS
NÃO OS SEPARO MAIS.
COMO SE FOSSE UMA PLANTINHA,
RECÉM REGADA QUE,
SUBITAMENTE, CHAMA-ME PARA A VIDA
ENVOLVE-ME OS OLHOS,
DESTILA AROMAS,
COLORE MEUS DIAS E,
DEIXA-ME EM PAZ.
MEU AMOR CRESCE COM MEUS POEMAS,
E EU, NÃO OS SEPARO MAIS.
AUTORA; NARA FREITAS
ELES CRESCEM JUNTOS
NÃO OS SEPARO MAIS.
COMO SE FOSSE UMA PLANTINHA,
RECÉM REGADA QUE,
SUBITAMENTE, CHAMA-ME PARA A VIDA
ENVOLVE-ME OS OLHOS,
DESTILA AROMAS,
COLORE MEUS DIAS E,
DEIXA-ME EM PAZ.
MEU AMOR CRESCE COM MEUS POEMAS,
E EU, NÃO OS SEPARO MAIS.
AUTORA; NARA FREITAS
3 de dezembro de 2010
POR QUE?
Chora a nuvem
de tristeza,
por quê?
Há tanta beleza!
Contemple só o momento,
não se sente nem o vento!
Escorrem lágrimas prateadas
parecem estarem chateadas,
gotinhas que molham de leve
e se misturam com a neve.
Minúscula recordação
perdidas na imensidão.
Ah! A nuvem não chora não,
triste é o meu coração.
Autora; Nara Freitas.
de tristeza,
por quê?
Há tanta beleza!
Contemple só o momento,
não se sente nem o vento!
Escorrem lágrimas prateadas
parecem estarem chateadas,
gotinhas que molham de leve
e se misturam com a neve.
Minúscula recordação
perdidas na imensidão.
Ah! A nuvem não chora não,
triste é o meu coração.
Autora; Nara Freitas.
30 de novembro de 2010
MOMENTO ÚNICO
Meu olhar vai longe,
muito longe,
onde meus passos não podem chegar.
num momento único
e bem rápido
sol e montanha vão se encontrar.
Meu olhar vai longe,
bem longe,
é lá que eu quero estar.
Não perturbe agora
não quebre o encanto
Sol e montanha
vão se beijar.
Autora: Nara Freitas
muito longe,
onde meus passos não podem chegar.
num momento único
e bem rápido
sol e montanha vão se encontrar.
Meu olhar vai longe,
bem longe,
é lá que eu quero estar.
Não perturbe agora
não quebre o encanto
Sol e montanha
vão se beijar.
Autora: Nara Freitas
PAI
Balança meu berço
acalenta meu pranto
preciso de ti.
Conta-me histórias
que rica memória
alegria sem fim.
A noite chega
olho a cadeira
não estás mais ali.
Quero teu colo
aconchego gostoso
preciso dormir.
Misturo na mente
presença constante
e ausência sem fim.
Sinto na alma
que a tua falta
levou muito de mim.
Autora: Nara Freitas.
Poema feito em 6/05/2010. Um mês e uma semana da ausência física do meu pai.
acalenta meu pranto
preciso de ti.
Conta-me histórias
que rica memória
alegria sem fim.
A noite chega
olho a cadeira
não estás mais ali.
Quero teu colo
aconchego gostoso
preciso dormir.
Misturo na mente
presença constante
e ausência sem fim.
Sinto na alma
que a tua falta
levou muito de mim.
Autora: Nara Freitas.
Poema feito em 6/05/2010. Um mês e uma semana da ausência física do meu pai.
27 de novembro de 2010
POBRE FLOR
AQUELA FLOR SEM COR,
ERA TÃO FEIA, TÃO APAGADA
QUE TODOS QUE A VIAM A DEIXAVAM LARGADA.
POBRE FLOR! NÃO CONHECIA NADA DA VIDA
E NEM SE QUER TINHA UM AMOR.
O VENTO, SOMENTE O VENTO,
QUE A ACARICIAVA LEVEMENTE, LEVANDO-A
A PASSEAR, MESMO SEM SAIR DO LUGAR.
AO BALANÇÁ-LA, SENTIA-SE ÚTIL,PODIA ASSIM, AJUDÁ-LA.
CUMPLICIDADE FORTE, QUE EXALAVA PERFUME
DE SUL A NORTE.
E A FLOR? AH,A FLOR!
ESQUECIDA DE SER MALTRATADA EXIBIA-SE,
DANÇAVA, SORRIA E CANTAVA.
POBRE FLOR, PRECISAVA DE ALGO PARA EXPRIMIR SUA BELEZA.
MAL ELA SABIA QUE O VENTO, SEU AMIGO, MORRIA DE AMOR
E CONTENTAVA-SE APENAS EM TOCÁ-LA E SENTIR O SEU CALOR.
LINDA FLOR...DESPERTOU AMOR!
AUTORA: NARA FREITAS.
UM ABENÇOADO FIM DE SEMANA. QUE POSSAMOS SER COMO O "VENTO" NA VIDA DAS PESSOAS. BEIJO.
ERA TÃO FEIA, TÃO APAGADA
QUE TODOS QUE A VIAM A DEIXAVAM LARGADA.
POBRE FLOR! NÃO CONHECIA NADA DA VIDA
E NEM SE QUER TINHA UM AMOR.
O VENTO, SOMENTE O VENTO,
QUE A ACARICIAVA LEVEMENTE, LEVANDO-A
A PASSEAR, MESMO SEM SAIR DO LUGAR.
AO BALANÇÁ-LA, SENTIA-SE ÚTIL,PODIA ASSIM, AJUDÁ-LA.
CUMPLICIDADE FORTE, QUE EXALAVA PERFUME
DE SUL A NORTE.
E A FLOR? AH,A FLOR!
ESQUECIDA DE SER MALTRATADA EXIBIA-SE,
DANÇAVA, SORRIA E CANTAVA.
POBRE FLOR, PRECISAVA DE ALGO PARA EXPRIMIR SUA BELEZA.
MAL ELA SABIA QUE O VENTO, SEU AMIGO, MORRIA DE AMOR
E CONTENTAVA-SE APENAS EM TOCÁ-LA E SENTIR O SEU CALOR.
LINDA FLOR...DESPERTOU AMOR!
AUTORA: NARA FREITAS.
UM ABENÇOADO FIM DE SEMANA. QUE POSSAMOS SER COMO O "VENTO" NA VIDA DAS PESSOAS. BEIJO.
26 de novembro de 2010
DEIXE ASSIM
Quem sabe um dia?
Vamos nesse ritmo de dança,
ficaram momentos lindos e tantas lembranças!
Deixe assim, quem sabe um dia?
Para que forçar o tempo num só momento
e a distância que tanto cansa,
após a tempestade não vem a bonança?
Deixe assim,
busquemos o infinito num ponto único e tão lindo,
onde a luz do sol nos invade,
é só claridade.
Deixe assim,
guardemos nossos sonhos,como belas crianças,
há sempre uma linda espera na esperança.
Deixe assim: eterno.
Deixe assim,
quem sabe um dia?
Autora: Nara Freitas.
Vamos nesse ritmo de dança,
ficaram momentos lindos e tantas lembranças!
Deixe assim, quem sabe um dia?
Para que forçar o tempo num só momento
e a distância que tanto cansa,
após a tempestade não vem a bonança?
Deixe assim,
busquemos o infinito num ponto único e tão lindo,
onde a luz do sol nos invade,
é só claridade.
Deixe assim,
guardemos nossos sonhos,como belas crianças,
há sempre uma linda espera na esperança.
Deixe assim: eterno.
Deixe assim,
quem sabe um dia?
Autora: Nara Freitas.
É NECESSÁRIO UMA PAUSA
A vida insistia
queimando no peito
uma dor tão vazia.
Vinha com força
marcando tão forte
e não se extinguia.
Lágrima incontida
noite mal dormida
tudo uma ilusão.
Vinha do fundo
rasgando minha alma
e doendo o coração.
Um sonho inesperado
deu alerta, um recado
mexeu dentro de mim.
Dia a dia bagunçado
coração desenfreado
e, alguém lembrou de mim?
Autora: Nara Freitas
queimando no peito
uma dor tão vazia.
Vinha com força
marcando tão forte
e não se extinguia.
Lágrima incontida
noite mal dormida
tudo uma ilusão.
Vinha do fundo
rasgando minha alma
e doendo o coração.
Um sonho inesperado
deu alerta, um recado
mexeu dentro de mim.
Dia a dia bagunçado
coração desenfreado
e, alguém lembrou de mim?
Autora: Nara Freitas
23 de novembro de 2010
Destino
Meu barco segue
sem rumo
abre caminhos
profundos
tão leve...
tão solto.
Segue sem rumo
meu barco
distante da vida
tão perto
do porto.
Misturo a espuma
do arco
que grava o rastro
e o vento a apagar.
Nesse constante buscar
sou como o rio
que acaba no mar.
Autora: nara Freitas
sem rumo
abre caminhos
profundos
tão leve...
tão solto.
Segue sem rumo
meu barco
distante da vida
tão perto
do porto.
Misturo a espuma
do arco
que grava o rastro
e o vento a apagar.
Nesse constante buscar
sou como o rio
que acaba no mar.
Autora: nara Freitas
18 de novembro de 2010
CASINHA DOS SONHOS
Há momentos da infãncia, que jamais esqueceremos. Fatos que nos envolvem tanto que ao trazê-los de volta em nossa mente, revivemos como se estivéssemos, na realidade, no dia e na hora em que tudo se passou.
Minha irmã Lúcia, a Coca, nossa vizinha, e eu, éramos muito unidas. Apesar de algumas cenas de ciúmes provocadas por mim, como por exemplo, "Lúcia, casadinha com a Coca", continuávamos amigas. Era a casa de meus pais, onde costumávamos brincar no nosso quarto. Uma casinha tão bem montada que ali permanecia intacta até a próxima brincadeira.
Levávamos horas, misturando nossa vida de meninas com as lindas bonecas. Éramos pequenas, cheias de imaginação e, nas tardes de sol, abandonávamos a rua e os passeios para dividir nossas fantasias com os brinquedos. Ouvíamos os ruídos dos passos pela casa, as conversas com as vizinhas que iam e vinham. Transformávamos tudo em realidade na nossa casinha dos sonhos, tão bem montada preparada por nós três.
Sinto até hoje a sensação gostosa de tocar nos cabelos lisos e macios da minha boneca preferida. E o meu fogãozinho verde, que dividia com minhas companheiras, ah...sinto até hoje o gosto da comidinha feita na imaginação.
Brincávamos tanto, viajávamos por lugares nunca vistos e nos perdíamos das horas. Ouvíamos ao longe a minha mãe nos chamar:
- Venham tomar café! Tá na hora da missa.
Que café, que nada. Missa, só se levássemos juntas as nossas bonecas. Misturávamos o real e o imaginário, o cheiro do café, a hora da missa. Ficávamos ali, encantadas, numa parceria sem fim até sentirmos que a noite chegava e teríamos que nos afastar. Dormíamos felizes, mas sempre com o pensamento nas nossas fantasias. Com a noite, vinha o desejo e a promessa de outro dia de brincadeiras, mais um dia de "faz de conta", que deixariam marcas profundas. Era a casinha dos meus sonhos.
Autora: Nara Freitas.
Minha irmã Lúcia, a Coca, nossa vizinha, e eu, éramos muito unidas. Apesar de algumas cenas de ciúmes provocadas por mim, como por exemplo, "Lúcia, casadinha com a Coca", continuávamos amigas. Era a casa de meus pais, onde costumávamos brincar no nosso quarto. Uma casinha tão bem montada que ali permanecia intacta até a próxima brincadeira.
Levávamos horas, misturando nossa vida de meninas com as lindas bonecas. Éramos pequenas, cheias de imaginação e, nas tardes de sol, abandonávamos a rua e os passeios para dividir nossas fantasias com os brinquedos. Ouvíamos os ruídos dos passos pela casa, as conversas com as vizinhas que iam e vinham. Transformávamos tudo em realidade na nossa casinha dos sonhos, tão bem montada preparada por nós três.
Sinto até hoje a sensação gostosa de tocar nos cabelos lisos e macios da minha boneca preferida. E o meu fogãozinho verde, que dividia com minhas companheiras, ah...sinto até hoje o gosto da comidinha feita na imaginação.
Brincávamos tanto, viajávamos por lugares nunca vistos e nos perdíamos das horas. Ouvíamos ao longe a minha mãe nos chamar:
- Venham tomar café! Tá na hora da missa.
Que café, que nada. Missa, só se levássemos juntas as nossas bonecas. Misturávamos o real e o imaginário, o cheiro do café, a hora da missa. Ficávamos ali, encantadas, numa parceria sem fim até sentirmos que a noite chegava e teríamos que nos afastar. Dormíamos felizes, mas sempre com o pensamento nas nossas fantasias. Com a noite, vinha o desejo e a promessa de outro dia de brincadeiras, mais um dia de "faz de conta", que deixariam marcas profundas. Era a casinha dos meus sonhos.
Autora: Nara Freitas.
16 de novembro de 2010
AO SOM DO TECLADO
O sol brilhava no alto do morro, estendia seus raios avermelhados e coloria o verde dos campos fazendo um contraste de cores fortes e brilhantes.
A bela mulher ensaiava seus passos completamente envolvida ao som do teclado que convidava-a, insistentemente, e a impelia a continuar...
a bailar...
a flutuar...
Invadida pelo amor que sentia latente no peito, deslizava levemente, com movimentos suaves, lembrando a primeira valsa que dançara com seu amado, que agora, já não mais o via, há tanto tempo...mas, sentia-o freneticamente dentro de si.
Numa dessas belas tardes, em que o sol insistira em brilhar, chamando-a para a vida, no embalo de uma valsa encantadora, ela, com toda a leveza que lhe era peculiar, deparava-se com seu bem amado.
Ao vê-la tão encantadora e submersa em seus pensamentos, corre ao seu encontro.
Agora, a vida lhe presenteara, não era somente um corpo a bailar...a esperar...a buscar...e, sim, duas almas em completa sintonia.
Ao longe, num momento inesperado o sol insistira ao som do teclado.
Autora: Nara Freitas.
A bela mulher ensaiava seus passos completamente envolvida ao som do teclado que convidava-a, insistentemente, e a impelia a continuar...
a bailar...
a flutuar...
Invadida pelo amor que sentia latente no peito, deslizava levemente, com movimentos suaves, lembrando a primeira valsa que dançara com seu amado, que agora, já não mais o via, há tanto tempo...mas, sentia-o freneticamente dentro de si.
Numa dessas belas tardes, em que o sol insistira em brilhar, chamando-a para a vida, no embalo de uma valsa encantadora, ela, com toda a leveza que lhe era peculiar, deparava-se com seu bem amado.
Ao vê-la tão encantadora e submersa em seus pensamentos, corre ao seu encontro.
Agora, a vida lhe presenteara, não era somente um corpo a bailar...a esperar...a buscar...e, sim, duas almas em completa sintonia.
Ao longe, num momento inesperado o sol insistira ao som do teclado.
Autora: Nara Freitas.
PAIXÃO
Sobre a paixão
não se fala
não se opina
não se escancara.
Sobre a paixão
não se fala
se sente
presente.
Paixão, às vezes, inibe,
proibe
e insiste.
Sobre a paixão não se fala
apenas, se vive.
Autora: Nara Freitas.
não se fala
não se opina
não se escancara.
Sobre a paixão
não se fala
se sente
presente.
Paixão, às vezes, inibe,
proibe
e insiste.
Sobre a paixão não se fala
apenas, se vive.
Autora: Nara Freitas.
12 de novembro de 2010
FRUTAS TAMBÉM AMAM
Amadurecem nas árvores,
mudando suas cores,
será que têm alma, cantando ao relento?
Misturam aromas com folhas verdinhas,
e esperam, inquietas, tão graciosinhas.
Alguém se apresenta tocando-as de leve,
descobre que dormem agora,
prontinhas,
prova-as, que doces, tão amarelinhas.
Inerte fica com uma em sua mão,
contempla e pensa em transformação
no mesmo momento conversam na grama,
aquelas que racham e caem no chão,
mostrando que vencem somente na vida
os seres que buscam a transformação.
Autora: nara Freitas.
mudando suas cores,
será que têm alma, cantando ao relento?
Misturam aromas com folhas verdinhas,
e esperam, inquietas, tão graciosinhas.
Alguém se apresenta tocando-as de leve,
descobre que dormem agora,
prontinhas,
prova-as, que doces, tão amarelinhas.
Inerte fica com uma em sua mão,
contempla e pensa em transformação
no mesmo momento conversam na grama,
aquelas que racham e caem no chão,
mostrando que vencem somente na vida
os seres que buscam a transformação.
Autora: nara Freitas.
MEU LIMOEIRO DÁ UVAS
Sempre vou ao pátio da minha casa, apressada, somente para alimentar meu cachorro labrador e , esporadicamente lhe fazer uns agradinhos.. Numa dessas idas e vindas, tive um impacto...Não poderia ser verdade o que via: meu limoeiro dando uvas?
As uvas se estendiam sobre a árvore de maneira suave e intensa. Seus extensos galhos vinham e se encaixavam perfeitamente, um ao lado do outro protegendo cada limão verdinho e minúsculo.
Duas árvores de diferentes aspectos nascidas sob o mesmo pátio, refulgindo ao clarão do sol. Uma protegendo e a outra se deixando proteger.
O vento sacudia de leve o limoeiro, e este flexível, deixava-se balançar com ritmo e magia. Provei uma uva...gosto que se alternava entre o doce e amargo, mas que deixava um sabor de cumplicidade.
Presenciar uma cena dessas de total harmonia, me faz pensar: árvores, uvas, limões...Quantos ensinamentos nos podem dar?
Autora: Nara Freitas.
As uvas se estendiam sobre a árvore de maneira suave e intensa. Seus extensos galhos vinham e se encaixavam perfeitamente, um ao lado do outro protegendo cada limão verdinho e minúsculo.
Duas árvores de diferentes aspectos nascidas sob o mesmo pátio, refulgindo ao clarão do sol. Uma protegendo e a outra se deixando proteger.
O vento sacudia de leve o limoeiro, e este flexível, deixava-se balançar com ritmo e magia. Provei uma uva...gosto que se alternava entre o doce e amargo, mas que deixava um sabor de cumplicidade.
Presenciar uma cena dessas de total harmonia, me faz pensar: árvores, uvas, limões...Quantos ensinamentos nos podem dar?
Autora: Nara Freitas.
10 de novembro de 2010
Não queremos passar
Cantoria em altos brados. O som atravessava paredes e chegava até aos telhados.
Amigas inseparáveis, mãos dadas em ritmo de dança. Éramos apenas crianças.
"Passa passará que o detrás ficará."
Passavam as primeiras e ficava a última para escolher a fruta mais saborosa. Escolhia-se não a fruta, mas
a amiga do coração, aquela que por ser tão querida, faria logo um grande cordão.
"A porteira está aberta para quem quiser passar."
Passavam muitas, os olhos brilhavam e os sabores variavam, entre morango, uva e amora, e cantávamos
com a mesma ternura de quem namora.
Flores perfumadas com cheiro de jasmim invadiam a rua e, tão logo, para abrilhantar chegaria a lua.
"A porteira está aberta..."
Passam sonhos, ilusões, passam amores, corações, passam tristezas, desilusões. A vida exige que seja assim; continuamos a trocar figurinhas, relembrar histórias e pular amarelinha. Com o bolso cheio de esperança, ainda nos sentimos crianças.
"Passa, passará a porteira segue aberta e nós, não queremos passar."
Autora: Nara Freitas.
Rua de Baixo
Minha rua acordou mudada
esquecida que era amada
uma rua que despertou sonhos
alegrias e tantos encontros.
Minha rua acordou mudada
era tão jovem, tão encantada.
Lembro- me quando criança
esconde- esconde
tanta esperança.
A lua que testemunhava
a gritaria
e se empolgava.
O corre- corre de jovens
o som de várias vozes.
Crianças pela calçada
e o som da passarada.
Brincadeiras de rosa e fita
e reuniões de quem vai e fica.
O jogo de voleibol
caçador e futebol.
Correrias de bicicleta
afinal, quem não era atleta?
O apitar das campainhas
e a fúria de uma vizinha.
Minha rua acordou mudada
esquecida que era amada.
Serviu de palco marcante
e de teatros empolgantes
blocos de carnaval
"Rua de Baixo", não tinha igual
e de gritos estridentes
depois do famoso Grenal.
Minha rua vibrava com tudo
e sabia da beleza do mundo
cantava com um rouxinol
e alegrava o pôr-do-sol.
Minha rua acordou mudada
esquecida que ainda é amada.
Autora: nara Freitas.
esquecida que era amada
uma rua que despertou sonhos
alegrias e tantos encontros.
Minha rua acordou mudada
era tão jovem, tão encantada.
Lembro- me quando criança
esconde- esconde
tanta esperança.
A lua que testemunhava
a gritaria
e se empolgava.
O corre- corre de jovens
o som de várias vozes.
Crianças pela calçada
e o som da passarada.
Brincadeiras de rosa e fita
e reuniões de quem vai e fica.
O jogo de voleibol
caçador e futebol.
Correrias de bicicleta
afinal, quem não era atleta?
O apitar das campainhas
e a fúria de uma vizinha.
Minha rua acordou mudada
esquecida que era amada.
Serviu de palco marcante
e de teatros empolgantes
blocos de carnaval
"Rua de Baixo", não tinha igual
e de gritos estridentes
depois do famoso Grenal.
Minha rua vibrava com tudo
e sabia da beleza do mundo
cantava com um rouxinol
e alegrava o pôr-do-sol.
Minha rua acordou mudada
esquecida que ainda é amada.
Autora: nara Freitas.
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