Havia um jardim de estrelas
naquela noite agitada.
Só ele via.
Só ele sentia
uma luz envolvente
que o invadia.
E mais ninguém percebia.
Ele que incomodava,
ele que fazia pirraça,
ele que era esquecido,
ele que era sem graça.
Só ele via.
Só ele sentia
e ninguém mais percebia.
Ele que vivia na lua e
escondia-se na garrafa escura.
Ele que namorava a aurora
com a mente de quem não controla.
Só ele via.
Só ele sentia.
Só ele sorria
e ninguém percebia
que havia um jardim de estrelas
numa noite agitada lá fora.
Era um bêbado meio poeta
que deixava as pessoas inquietas.
Autora: Nara Freitas.
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