A abelha, aproximava-se da flor,
no mesmo instante,
no alto da árvore,
pousava um lindo beija-flor.
A flor, de estonteante beleza,
preparou-se,
abriu-se
e a recebeu.
De repente, a abelha,desapareceu.
O beija-flor, ao observar,
ficou a pensar:
Pobre flor, ficará ansiosa a esperar!
A abelha,com certeza, jamais voltará.
Está claro, de saudade, a flor morrerá.
Que loucura,
Que beleza,
Está a lua a testemunhar!
Todas as noites, volta a abelha,
beija a flor,
que fica feliz em seus amores,
e sai a voar.
Autora: Nara Freitas.
Já nasci assim...algo gritava em mim. Meu mundo era as letras. O universo de ficção atraia-me de tal forma, que logo comecei a produzir histórias, poesias, poemas e crônicas. Assim a arte chegou, fez morada e nunca mais foi embora.
20 de dezembro de 2010
19 de dezembro de 2010
PELE PELÚCIA PENARA
Minha mãe sempre dizia que eu tinha cara de santa, religiosa que era em seus costumes. A prova disso está nos nossos nomes: Noélia Maria, Elusa Maria, Lúcia Maria e Nara Maria. O Paulo Ben-Hur ficou fora dessas escolhas, porém foi retirado o nome de batismo de histórias religiosas. Sempre tive um "ciumezinho" da minha irmã um pouco mais velha que eu, a Lúcia, achava-a a queridíssima da mamãe.
Costumávamos brincar à tardinha na rua, isso nos fazia perceber os diversos casacos que as amigas apareciam no inverno. Até que vem a prima Soninha, com um casaco lindo de pele, realmente,enchia os olhos. Ela costumava erguer a gola protegendo o pescoço e isso, a deixava bem charmosa e fofinha. Dava uma vontade de ter um igual!
Era fim de tarde, algo já estava deixando-me intrigada, minha irmã Lúcia não saía da porta; dizia-me estar esperando nossa mãe chegar do trabalho. E eu, como não queria perder nada, fiquei junto a ela, queria saber o que vinha pela frente. Ela, tinha uma vontade grande de ter um casaco bem assim, igual ao da Soninha, só que confundia pele com pelúcia. Quando avistou minha mãe descendo para casa ela saiu correndo pensando ter desviado minha atenção e disse:
-Mãe, me dá um casaco de pelúcia igual ao da Soninha?
E eu, muito afobada, correndo para não perder nada, falei:
-Se der um casaco de pelúcia, pra Lúcia, também quero um de penara.
Autora: Nara Freitas.
Costumávamos brincar à tardinha na rua, isso nos fazia perceber os diversos casacos que as amigas apareciam no inverno. Até que vem a prima Soninha, com um casaco lindo de pele, realmente,enchia os olhos. Ela costumava erguer a gola protegendo o pescoço e isso, a deixava bem charmosa e fofinha. Dava uma vontade de ter um igual!
Era fim de tarde, algo já estava deixando-me intrigada, minha irmã Lúcia não saía da porta; dizia-me estar esperando nossa mãe chegar do trabalho. E eu, como não queria perder nada, fiquei junto a ela, queria saber o que vinha pela frente. Ela, tinha uma vontade grande de ter um casaco bem assim, igual ao da Soninha, só que confundia pele com pelúcia. Quando avistou minha mãe descendo para casa ela saiu correndo pensando ter desviado minha atenção e disse:
-Mãe, me dá um casaco de pelúcia igual ao da Soninha?
E eu, muito afobada, correndo para não perder nada, falei:
-Se der um casaco de pelúcia, pra Lúcia, também quero um de penara.
Autora: Nara Freitas.
14 de dezembro de 2010
MEUS SAPATOS BRANCOS
Dias viravam semanas, semanas viravam meses e meses viravam anos até que ele aparecia: Papai Noel!
Eu estava sempre lá, sentada no sofá na vasta varanda da sala de meus pais. Vestido rosa com detalhes de fitas brancas, cabelos cacheados tão bem feitos pela minha avó e os sapatos brancos que os visualizava com os pés cruzados para frente e para atrás, afinal eram sempre novos para essa tão marcante data.Adorava ver os olhos de todos fixando-os, imaginava até que deles saiam rastros de uma brilhante luz, cheia de estrelinhas que piscavam.
Olhava para a árvore de Natal tão grande ao lado da lareira, nela havia várias cartinhas penduradas de pedidos e promessas de melhores comportamentos para o ano seguinte, normal para os meus 7 ou 8 anos, também,havia nela, várias caixas muito bem colocadas e, pelos pedidos feitos, logo imaginava qual seria a minha com o meu tão sonhado presente. Ficava a pensar...como pode Papai Noel ler todas as cartas das crianças? Deve ter um problema horrível nos olhos, por isso, muitos deles usam aquelas máscaras feias para esconder as olheiras.
Às vezes, curvava-me encostando meus lindos cachos no chão e espiava para dentro da lareira, meu pai sempre dizia que o bom velhinho vinha por ali.
Confesso que sentia um amor eterno por ele, mas que acabava logo que o via. Figura estranha e um tanto desengonçada. A barba mais parecia um escorregador de neve, deveria ser para as crianças apoiarem-se e ali, descobrirem seus sonhos. Ah! Se dependesse disso, nunca encontraria os meus.
Tinha um enorme desejo de estar perto, tão perto dele, como duas encantadas criaturas, porém afastava-me e ele estendendo sua mão branca feito algodão, chamava-me insistentemente. Nunca cheguei a abraçá-lo,nem tampouco tocá-lo, ficava uma distância entre nós no momento em que ele estava mais presente. Hoje, arrependo-me como todo o adulto arrepende-se de um carinho não demonstrado na hora e momento certo. Papai, meu papai, Noel, queria-o juntinho a mim, talvez para beijar seu rosto ou para sentir aqueles fios tão bem cuidados da barba que tornou-se rala nos meus dedos.
Agora, no vaivém da vida, olho meus pés descruzados, sapatos sem cores já meio estragados, não faço mais questão que percebam em mim. Meus sapatos estão sem brilho. Cresci, abandonei o Natal ou aquela esperança radiante se apagou dentro de mim? É, gente grande é mesmo assim.
Autora: Nara Freitas.
Dias viravam semanas, semanas viravam meses e meses viravam anos até que ele aparecia: Papai Noel!
Eu estava sempre lá, sentada no sofá na vasta varanda da sala de meus pais. Vestido rosa com detalhes de fitas brancas, cabelos cacheados tão bem feitos pela minha avó e os sapatos brancos que os visualizava com os pés cruzados para frente e para atrás, afinal eram sempre novos para essa tão marcante data.Adorava ver os olhos de todos fixando-os, imaginava até que deles saiam rastros de uma brilhante luz, cheia de estrelinhas que piscavam.
Olhava para a árvore de Natal tão grande ao lado da lareira, nela havia várias cartinhas penduradas de pedidos e promessas de melhores comportamentos para o ano seguinte, normal para os meus 7 ou 8 anos, também,havia nela, várias caixas muito bem colocadas e, pelos pedidos feitos, logo imaginava qual seria a minha com o meu tão sonhado presente. Ficava a pensar...como pode Papai Noel ler todas as cartas das crianças? Deve ter um problema horrível nos olhos, por isso, muitos deles usam aquelas máscaras feias para esconder as olheiras.
Às vezes, curvava-me encostando meus lindos cachos no chão e espiava para dentro da lareira, meu pai sempre dizia que o bom velhinho vinha por ali.
Confesso que sentia um amor eterno por ele, mas que acabava logo que o via. Figura estranha e um tanto desengonçada. A barba mais parecia um escorregador de neve, deveria ser para as crianças apoiarem-se e ali, descobrirem seus sonhos. Ah! Se dependesse disso, nunca encontraria os meus.
Tinha um enorme desejo de estar perto, tão perto dele, como duas encantadas criaturas, porém afastava-me e ele estendendo sua mão branca feito algodão, chamava-me insistentemente. Nunca cheguei a abraçá-lo,nem tampouco tocá-lo, ficava uma distância entre nós no momento em que ele estava mais presente. Hoje, arrependo-me como todo o adulto arrepende-se de um carinho não demonstrado na hora e momento certo. Papai, meu papai, Noel, queria-o juntinho a mim, talvez para beijar seu rosto ou para sentir aqueles fios tão bem cuidados da barba que tornou-se rala nos meus dedos.
Agora, no vaivém da vida, olho meus pés descruzados, sapatos sem cores já meio estragados, não faço mais questão que percebam em mim. Meus sapatos estão sem brilho. Cresci, abandonei o Natal ou aquela esperança radiante se apagou dentro de mim? É, gente grande é mesmo assim.
Autora: Nara Freitas.
12 de dezembro de 2010
HÁ QUALQUER COISA
Há qualquer coisa abençoada
que não deixa a luz apagada
no recanto do nosso amor.
Há qualquer coisa de aventura
onde não se mede a altura
e o peso do nosso amor.
Há qualquer coisa de especial
com ternura sem igual
no sonho do nosso amor.
Há qualquer coisa de nobre
que dá um prazer enorme
no corpo do nosso amor.
Há qualquer coisa de destino
que ama com desatino
o AMAR de um AMOR.
Autora: Nara Freitas.
que não deixa a luz apagada
no recanto do nosso amor.
Há qualquer coisa de aventura
onde não se mede a altura
e o peso do nosso amor.
Há qualquer coisa de especial
com ternura sem igual
no sonho do nosso amor.
Há qualquer coisa de nobre
que dá um prazer enorme
no corpo do nosso amor.
Há qualquer coisa de destino
que ama com desatino
o AMAR de um AMOR.
Autora: Nara Freitas.
DESPRENDIMENTO
Ouvi uma voz:
-Como se sente o pôr-do-sol?
A alegria me invadiu
busquei palavras pensei
lembrei da frase de um poeta:
" O pôr-do-sol é comparado com uma pipa que é recolhida do céu..."
Me libertei
emocionada, voei
fui de encontro aos seus raios avermelhados
alaranjados
me transformei.
Virei luz,
irradiei e
voltei
a resposta?
-Sai do lugar comum
inunde-te de amor e vai até lá
procurando, encontrarás.
Desprende-te de teu próprio corpo,
deixa a alegria entrar
e depois retorna,
que teu próprio sentimento
te responderá.
Autora: Nara Freitas.
-Como se sente o pôr-do-sol?
A alegria me invadiu
busquei palavras pensei
lembrei da frase de um poeta:
" O pôr-do-sol é comparado com uma pipa que é recolhida do céu..."
Me libertei
emocionada, voei
fui de encontro aos seus raios avermelhados
alaranjados
me transformei.
Virei luz,
irradiei e
voltei
a resposta?
-Sai do lugar comum
inunde-te de amor e vai até lá
procurando, encontrarás.
Desprende-te de teu próprio corpo,
deixa a alegria entrar
e depois retorna,
que teu próprio sentimento
te responderá.
Autora: Nara Freitas.
9 de dezembro de 2010
NÃO OS SEPARO MAIS.
MEU AMOR CRESCE COM MEUS POEMAS
ELES CRESCEM JUNTOS
NÃO OS SEPARO MAIS.
COMO SE FOSSE UMA PLANTINHA,
RECÉM REGADA QUE,
SUBITAMENTE, CHAMA-ME PARA A VIDA
ENVOLVE-ME OS OLHOS,
DESTILA AROMAS,
COLORE MEUS DIAS E,
DEIXA-ME EM PAZ.
MEU AMOR CRESCE COM MEUS POEMAS,
E EU, NÃO OS SEPARO MAIS.
AUTORA; NARA FREITAS
ELES CRESCEM JUNTOS
NÃO OS SEPARO MAIS.
COMO SE FOSSE UMA PLANTINHA,
RECÉM REGADA QUE,
SUBITAMENTE, CHAMA-ME PARA A VIDA
ENVOLVE-ME OS OLHOS,
DESTILA AROMAS,
COLORE MEUS DIAS E,
DEIXA-ME EM PAZ.
MEU AMOR CRESCE COM MEUS POEMAS,
E EU, NÃO OS SEPARO MAIS.
AUTORA; NARA FREITAS
3 de dezembro de 2010
POR QUE?
Chora a nuvem
de tristeza,
por quê?
Há tanta beleza!
Contemple só o momento,
não se sente nem o vento!
Escorrem lágrimas prateadas
parecem estarem chateadas,
gotinhas que molham de leve
e se misturam com a neve.
Minúscula recordação
perdidas na imensidão.
Ah! A nuvem não chora não,
triste é o meu coração.
Autora; Nara Freitas.
de tristeza,
por quê?
Há tanta beleza!
Contemple só o momento,
não se sente nem o vento!
Escorrem lágrimas prateadas
parecem estarem chateadas,
gotinhas que molham de leve
e se misturam com a neve.
Minúscula recordação
perdidas na imensidão.
Ah! A nuvem não chora não,
triste é o meu coração.
Autora; Nara Freitas.
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