3 de agosto de 2011

NERVOS DE AÇO


No meio do silêncio
Olhar gélido
Obsessivo
A alma resiste
Insiste
Nervos de aço!
Ninguém rouba
Uma vida
Ausente
Presente.

Uma doçura
Pisada
Amarga
Sisuda
frígida
De ombros estreitos.

Batida insistente
Inusitada
Dentro do ser entoa
Envolve
invade
como uma forte brisa.

No silêncio
De uma vida
Pedras reluzindo
Com pingos
Prateados de chuva.
Já se vê
O dia amanhecer
A árvore florescer
E as flores
Cheirando à primavera.

O vento ainda sopra no rosto pálido
Trocando beijos de esperança.
E não se cansa...

Nara freitas

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