29 de agosto de 2011

VÍCIO

Meu vício é você...
Que sem perceber
alegra meus dias
e traz tantas rimas
para as minhas poesias...
Ah!...se você soubesse
talvez, até o encanto
se desfizesse...
Deixe assim!...
Brando, esquecido
e leve...
Deixe assim!...
Nara Freitas

26 de agosto de 2011

MANHÃS DAS MINHAS POESIAS


            Renasço todas as manhãs com aromas de flores cálidas. Permito que se aconcheguem raios de sentimentos quase tímidos que se filtram aos poucos no meu ser e se unem a uma música orquestrada, linda, perfeita!
            No espaço silencioso,deixo fluir ideias...percebo o agrupar do vento com o luzir do sol preparando-se para uma ciranda dentro de mim.
            Esplêndida manhã radiosa, trouxe-me, de presente, um beija-flor encantador pela espaçosa janela. Acrobacias incríveis confundem suas cores com o transparente iluminado das cortinas. Elas o aplaudem, com ritmo e cadência, tendo o vento leve como maestro.
            Beija-flor, vem deitar-se junto a mim e traga-me sempre, nesse exato momento, inspiração nas manhãs das minhas poesias.

Nara Freitas


25 de agosto de 2011

QUEM SOU?

Sou poeta
Louca
Desvairada
Desperto receios
Enredo desejos
E debruço-me
Na alma aluada.

Eu sinto.
Tu sentes?
Não sei!...
Só sei
Que jamais
Enterraria
Meu corpo
Sem poesia.

Nara Freitas

17 de agosto de 2011

ELO

Retina intacta
Surpreenda meu
Olhar
Ilumina o azul
Das ondas
E alía-te
Às estrelas...
Elas têm tanto
A contar!

Nara freitas
ACORDEI ASSIM

Acordei
Cheiro de rosas
Flores-do-campo
Jasmins
Exalavam
Serena beleza
Sensualidade pureza
Num leve dançar em si.

Acordei
Cheiro de rosas
Artimanhas graciosas
Inatingíveis mistérios
Ultrapassam
Dentro de mim.

Nara Freitas
SOY LIBRE

No...no pertenezco
A nadie
Soy libre...
Libre como los pájaros
prisionados en sus nidos.
No...no pertenezco
A nadie
Solamente a mí
Para siempre
En tú ser.

Nara Freitas
Zombo do próprio
embaraço
Vexame
do coração
De tanto agir
com franqueza
Passa por falso...
Ilusão?

Nara Freitas
LUA SEXY

Lua explícita
Na noite nostálgica
Se engraça
Como se pudesse
Entregar-se
Num ato contínuo
De amor.

Lua sexy
Provocante
Arrebenta
Suspiros
Bizarros
Com volúpia
Gozo
Prazer.

Inspiração...
Reciprocidade...
Meu corpo
Arde
Sente o encontro
Do teu.

Nara Freitas

15 de agosto de 2011

BAÚ DE ENCANTOS


Tenho um baú de encantos
Desafia até os mais cobiçados
Tesouros mundanos
Vivo explorando
Seus esconderijos
Porões escuros
Sótãos taciturnos.

Minha alma
Lépida, estraçalhada
Não resiste...
Insiste em ali ficar.
Fascinação...

Meu baú de encantos
Conta-me histórias
Embala-me nas noites
Chorosas
Com as mais lindas
Melodias...
Assim passo meus dias
Aliviando o coração.

Nara Freitas

8 de agosto de 2011

INTIMAÇÃO

Névoa que atenta
E vem acariciar-me
Na manhã gélida
Embaçando meu coração
Traga-me a esperança
Impregnada de risos
Que de súbito eu possa
Intimar a desaparecer da minha alma
Essa prepotente e insistente
Paixão.

Nara Freitas

6 de agosto de 2011

VULTO DE LUZ

Não quero ser sombra
Retratada nas paredes
Atrás de vultos
Perdida de um lado
Para outro
Ameaçando seres
Nos corredores da vida.

Quero ser luz
Que reluz
Nos olhos opacos,
Deprimentes
De mentes inocentes
Que não creem
Não acreditam
Que a vida continua
Mesmo cansada...
Mesmo crua...
Vulto de luz!

Nara Freitas
NÃO


Não quero olhar-te
Como se fosse
A última vez...
Coração insiste
Beija-me outra vez?

Nara Freitas
SENTIMENTOS INDISCRETOS

Ouvem-se gritos
Discussões intermináveis
Barulhos de coisas
Caindo no chão.
Esses meus sentimentos
Em assembleia extraordinária
Revirando meu coração.

Sentimentos nada discretos!!!

Nara Freitas

4 de agosto de 2011

VENTO

Vento venta...
Venta vento...
Vem com ritmo
Com cadência
Vem regar
O meu jardim.

Venta vento...
Vento venta...
Com sublime
Movimento
Traz notícias
Do meu tempo
Das belas recordações...
Com pedaços coloridos
De flores e corações.

Vento vento...
Venta venta...
Vem com calma
Arrebenta
Com esse andar
Que é só teu
Leva o pranto
A saudade
Traga paz
Felicidade
Pra esse ser
Que se perdeu.

Nara Freitas

3 de agosto de 2011

NERVOS DE AÇO


No meio do silêncio
Olhar gélido
Obsessivo
A alma resiste
Insiste
Nervos de aço!
Ninguém rouba
Uma vida
Ausente
Presente.

Uma doçura
Pisada
Amarga
Sisuda
frígida
De ombros estreitos.

Batida insistente
Inusitada
Dentro do ser entoa
Envolve
invade
como uma forte brisa.

No silêncio
De uma vida
Pedras reluzindo
Com pingos
Prateados de chuva.
Já se vê
O dia amanhecer
A árvore florescer
E as flores
Cheirando à primavera.

O vento ainda sopra no rosto pálido
Trocando beijos de esperança.
E não se cansa...

Nara freitas
LUA LUNÁTICA

Lua lunática
Extravagante
Abre as cortinas
Da noite e canta
Faceira
Romântica.

Oh, lua!
Misteriosa lua
Exuberante
Seminua
Estenda teu canto
Na madrugada
Eleva-o
Incendeia a Via-Láctea.

Lua poderosa...
Maliciosa lua...
É possível que o sol
Nesse envolvimento
Se ajoelhe
Chore
E a peça
Em casamento.

Nara Freitas

Julho 2011.